Eclesiástico (37:16)

"A palavra é o princípio de qualquer obra, e antes de agir, é preciso refletir."

Bem, vindo catequista ao nosso blog!

Ensinar é muito bom. Aprender, dialogando,muito melhor! Principalmente quando esse diálogo é travado com pessoas do calibre como nossas irmãos de comunidade em Cristo. Perguntamos e respondemos. Investigamos e experimentamos. Sentimos e refletimos. Construímos e desconstruímos. (Quando estaremos prontos?) Aos poucos, nesse processo dialógico, vamos nos moldando ora como catequistas, ora como mães ou pais, ora como filhos ou catequisandos, e o tempo todo como amigos. E nessa intimidade, desvendamos medos, anseios e angústias inconfessáveis. Democratizamos as boas experiências. É uma troca de saberes e de não-saberes.Entre amigos, os Encontros e reuniões estreitam os laços de amizade e de irmandade do grupo que vislumbra mudança pela educação na fé.

Seja Bem vindo!! E não se esqueça de deixar um recado no nosso mural.

DIÁLOGO CATEQUÉTICO
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Etimologicamente o termo “Diálogo” resulta da fusão das palavras gregas dia e logos. Dia significa “através”. Logos foi traduzida para o latim como ratio (razão). Mas têm vários outros significados, como “palavra”, “expressão”, “fala”, “verbo” e, principalmente, “significado” propriamente dito. Na acepção mais antiga da palavra, logos significa “relação”, “relacionamento”. Dessa maneira, o Diálogo é uma forma de fazer circular sentidos e significados. Isso quer dizer que quando o praticamos a palavra liga em vez de separar. Reúne em vez de dividir. Assim, o Diálogo não é um instrumento que busca levar as pessoas a defender e manter suas posições, como acontece na discussão e no debate. Ao contrário, sua prática está voltada para estabelecer e fortalecer vínculos e ligações, e a formação de redes; para a identificar, explicitar e compreender os pressupostos que dificultam a percepção das relações. Daí o nome de “redes de conversação”, proposto para as experiências de reflexão conjunta, geração de idéias, educação mútua e produção compartilhada de significados. O Diálogo é, por excelência, o processo através do qual identificamos e questionamos idéias e posições cristalizadas — os pressupostos sobre os quais se apóiam os nossos julgamentos, escolhas, preferências, ações. O Diálogo é mais do que uma técnica: é uma maneira de conduzir conversações que traz uma nova visão de mundo, de relacionamentos e de processos. Ao mesmo tempo, retoma práticas ancestrais de contato e de integração de grupos.

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Janeiro - Mês de planejamento

Caro Amigo Catequista, mais ano começa. Não podemos ser pegos de surpresa, por isso vamos planejar.

REPORTAGEM

Acompanhe nossas reportagens sobre o tema: Infância - Tesouro das comunidades. Uma serie de temas sobre esta fase importantissima da nossas vidas e muito material prático. Não deixe de Ler!

Centro de Formação e Vivência catequética Beato João Paulo II

Venha conhecer a proposta de ensino do nosso centro de formação!

EDITORIAL - 2013

EDITORIA - 2013


Comissão de catequese da Forania Santos Apóstolos – Arq. De Campinas – sp.
"Adormeci e sonhei que a vida era alegria; despertei e vi que a vida era serviço; servi e vi que o serviço era alegria." (Tagore)

sexta-feira, novembro 9

Caixa - Postal

Comentário de nossos visitantes e colegas!



Olá, catequistas! A Paz de Jesus!
Tenho lido as suas publicações e elas vieram de encontro às minhas necessidades como catequista e coordenadora aprendiz.
Gostei muito da dinâmica do blog, mas tenho dificuldades de visão e piora mais para ler no fundo negro.Não sei se tenho o direito de dizer isso mas pode ser que mais pessoas se desencorajem para continuar a leitura .Eu, tanto quanto vocês também uso as ferramentas virtuais para me comunicar com meu grupo e criei um blog(estou aprendendo a ser blogueira),com o objetivo de contribuir para a evangelização, e já mudei o formato do meu blog mais de uma vez para melhor atender os interessados nesta interação de fé.
Peço desculpas se fui atrevida com minhas palavras, mas considero a verdade como elemento básico para contribuir neste trabalho de formação e vivência cristã.
Abraço fraterno no amor de Cristo, 
Marisa A. Françoia Natividade-Catequista Paróquia N.S.do Rosário Charqueada - http://catequistamarisa.blogspot.com.br/   



Thabatha Santos: Muito legal o blog! Que Deus abençoe esse trabalho de evagelização pela internet!!

vera: comecei agora a ver o blog,já gostei ,vou estar sempre acessando

Rogerio de mello: Parabens,meus caros pelo simples fato de tentar evangelizar,independente do que aconteça daqui para

2 Out 12, 05:27

candida batista: ainda , não tenho muito que dizer, mas ao principio me parece bom ter catequese online,

2 Out 12, 01:43

IOLANDA APARECIDA MACHADO: PARABÉNS A EQUIPE QUE ELABOROU ESTE BLOG, ESTOU MUITO FELIZ DE PODER PARTICIPAR.

 
Nossa maior satisfação são seus comentario e sugestões!

 

Tira-duvidas






Caros amigos, alguma duvida sobre catequese ou sobre nossos procedimentos?? Duvidas sobre os documentos? ou sobre a igreja? Aqui é o local para tirar duvidas!
Conforme vamos recebendo as duvidas dos nosso amigos elas vão ficar disponíveis na ordem de chegada ou urgência. Obrigado!








Pensamos que não é demais relembrarmos o que significa estes dois termos: Catecismo e catequese. Pois com o lançamento do Ano da Fé e os estudos sobre a Bíblia, vamos ouvir falar muito.

O QUE É CATECISMO? Questão de teoria x prática


Catecismo é uma palavra de origem grega, depois vertida para o latim catechismus, denotando ‘instruir a viva voz’. Ele se refere à educação religiosa do Cristianismo, ou seja, a uma explanação oral da doutrina religiosa em questão, guiada pelo conteúdo das Escrituras e pela tradição vigente. Os postulados e a moral cristãos são transmitidos por um representante aprovado pela Igreja, não necessariamente um sacerdote, àqueles que estão sendo preparados para receber os sacramentos da confissão e da primeira comunhão.

O principal ponto deste ritual de iniciação ao Cristianismo é a ‘catequese’, expressão também de fonte grega, traduzida para o latim catechesis, na qual os neófitos recebem oralmente a mensagem evangélica. José de Anchieta foi um grande evangelizador, o precursor da divulgação do Evangelho no Brasil. Ele catequizava os índios através da arte, o que caracteriza uma catequese narrativa, elaborada por meio de oficinas artísticas e narração de histórias da Bíblia.

O Catecismo da Igreja Católica expõe a sua doutrina, seus dogmas, os princípios de fé que lhe pertencem, sempre referente aos textos bíblicos. Nele se encontra em linguagem simples, acessível, a versão dos pontos essenciais da fé cristã. Nesta obra os catequistas têm à sua disposição orientações fundamentais para guiar o católico fiel. Com base neste Compêndio, que tem o formato de perguntas e respostas, promulgado pelo Vaticano, disponível em seis línguas, o expositor tem em mãos um guia seguro para o seu ministério. Através dele, qualquer católico pode ter conhecimento dos rituais e sacramentos da Igreja, bem como de seus postulados.

Em 25 de janeiro de 1985, com o objetivo de celebrar vinte anos da conclusão do Concílio Vaticano II, houve uma Assembléia Extraordinária do Sínodo dos Bispos – uma reunião convocada pela autoridade eclesiástica, neste caso, pelo Papa. O Catecismo da Igreja Católica – CIC – apareceu depois deste encontro, fruto do anseio dos participantes deste evento. Eles sentiam a necessidade de ter um ponto de referência sobre a doutrina do Catolicismo, uma base para a elaboração de tratados católicos do mundo inteiro. O Papa João Paulo II assumiu a responsabilidade, então, de concretizar este projeto, e assim nasceu, no dia 11 de outubro de 1992, o Catecismo planejado, sob a orientação do Cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa Bento XVI, depois de nove projetos de redação. Bispos, Conferências Episcopais, Institutos Teológicos de todas as partes puderam colaborar com seus comentários e sugestões. Sua edição definitiva foi lançada em 1997. O CIC tomou o lugar do antigo Catecismo Romano, vigente desde 1566.

Neste novo Catecismo é possível encontrar uma síntese das partes principais da doutrina católica, não só sobre pontos de fé, dogmas, mas também sobre sua essência moral, obedecendo aos preceitos da Igreja. A intenção do clero não é impô-lo, em detrimento dos catecismos locais, mas sim manter como subsídio para as diversas paróquias um referencial doutrinário, levando em conta as variadas culturas que compõem nosso planeta. Embora ele seja primordialmente direcionado ao clero, também pode ser estudado por laicos que se interessem em conhecer melhor a Igreja. O CIC está dividido em quatro partes, conectadas entre si – A Profissão de Fé ou Credo; A Celebração do Mistério Cristão (liturgia e sacramentos); A Vida em Cristo, a ação humana e os mandamentos; e A Oração Cristã.

Alguns pontos do Catecismo, referentes à Moral, tornam-se controversos quando aplicados ao cotidiano, pois em alguns pontos as pessoas gostariam de decidir no campo pessoal, social ou governamental. Estas questões polêmicas, como o uso de anticoncepcionais, o aborto, a questão das células-tronco embrionárias, entre outras, levam a sociedade, muitas vezes, a se contrapor à Igreja.



O QUE É CATEQUESE?

O Papa João Paulo II disse: "A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com fim de os iniciar na plenitude da vida cristã" (CT). Segundo O Novo Catecismo da Igreja Católica (1992) "no centro da catequese encontramos essencialmente uma Pessoa, a de Jesus Cristo de Nazaré, Filho único do Pai...

A finalidade definitiva da catequese é levar à comunhão com Jesus Cristo: só Ele pode conduzir ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar da vida da Santíssima Trindade... Todo catequista deveria poder aplicar a si mesmo a misteriosa palavra de Jesus: 'Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou' (Jo 7,16)" (NCIC, 426-427). Em sua origem, o termo "CATEQUESE" diz respeito à proclamação da Palavra. O termo se liga a um verbo que significa "Fazer" - "Ecoar" (gr. Kat-ekhéo). Assim a catequese tem por objetivo último fazer escutar e repercutir a Palavra de Deus.

Desta forma, é missão da Igreja anunciar o Evangelho em todo o mundo, mas, em primeiro lugar, a Palavra de Deus deve ser anunciada aos seus próprios membros. É dentro da Igreja que se desenvolve a formação de seus membros, para que possam depois anunciar a todos a Palavra de Deus. Quando se fala em catequese, muitos pensam na catequese que se prepara as crianças à Primeira Eucaristia. Catequese hoje não se deve confundir com o "dar catecismo".

A catequese faz parte da ação evangelizadora da Igreja que envolve aqueles que aderem a Jesus Cristo. Catequese é o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina como também da vida, levando a uma consciente e ativa participação do mistério litúrgico e irradiando uma ação apostólica. Segundo o Documento de Puebla (1979) e a afirmação dos Bispos do Brasil, a catequese é um processo de educação da fé em comunidade, é dinâmica, é sistemática e permanente. Os Bispos da América Latina reunidos em Santo Domingo (1992) nos disseram": "Damos graças a Deus pelos esforços de tantos e tantas catequistas que cumprem seu serviço eclesial com sacrifício, selado, às vezes, com suas vidas. Contudo, devemos reconhecer como pastores que ainda há muito por fazer.

Existe ainda muita ignorância religiosa, a catequese não chega a todos e muitas vezes chega em forma superficial, incompleta quanto a seus conteúdos, ou puramente intelectual, sem força para transformar a vida das pessoas e de seus ambientes" (DSD, 41). Todo cristão que aceita Cristo por inteiro, esse é o verdadeiro cristão balizado, ele é responsável, em anunciar a Palavra de Deus, a começar por si próprio e pela família. Para tanto, tem uma maturidade cristã de fé e de amor ao próximo e à Igreja.

http://www.catequisar.com.br/texto/catequista/doc/52.htm


Questão de teoria x prática



Aqui discutiremos nossas práticas e vivencias catequéticas!
 
Como montar um roteiro de estudos para catequistas sem interferir na nossa rotina pessoal?

Caros amigos catequistas!

Foi pedida uma sugestão para nós, de como montar um roteiro de estudos pessoal para catequistas.  Fomos procurar algo na internet e nas nossas próprias experiências. Então chegamos a estas conclusões, esperamos que seja útil. Mas o assunto não esta esgotado, vamos sempre comentando este assunto, pois deve fazer parte do nosso dia-a-dia como catequistas. Estudo e mais estudo!!

Como catequistas sabemos que temos uma missão e que precisamos nos preparar para levá-la adiante, mas o tempo é tão curto que muitas vezes nos desligamos destes compromissos, ou seja, deixamos para segundo plano esta formação tão importante. Sei que temos culpa, mas tenho percebido que somos chamados para outros serviços e não podemos nos dedicar integralmente a catequese. Olha bem, temos trabalho, família, amigos, muitas preocupações, e sendo assim o tempo vai se esvaindo e se não temos cuidado as coisas de Deus vão sendo ignoradas.

Temos farto material que pode nos auxiliar, livros que fazem parte do magistério da nossa igreja, documentos da CNBB. Então, temos que ler e estudar, mas outras contribuições encontramos na internet, como esta palestra do nosso padre Zezinho que também é um grande catequista.

Catequistas que vão fundo 
1. SERES HUMANOS JOVENS

Vocês são seres humanos jovens.
Rapaz ou moça, adolescentes ou mais amadurecidos, fato é que neste momento de suas vidas, estão sentindo o chamado de fazer alguma coisa pelo seu povo, pela sua Igreja e por Jesus Cristo, que vocês estão conhecendo melhor e querem que seus amigos e o mundo também conheçam.
São Paulo disse, meses antes de morrer, que estava preso por uma só razão: ousara dizer que Jesus estava vivo e que existe uma vida eterna: "É por causa de minha crença na ressurreição que estou sendo julgado" (At 23,6), diz ele. Pagou o preço de ser catequista e falar o pensava.
Se quiserem assumir o ministério da educação dos seus colegas para a fé, podem ter certeza que sofrerão pressões de todos os cantos. Se o fizerem por amor à Igreja e com desprendimento, chegarão à idade adulta com a paz de quem pensou o tempo todo em Jesus e na Igreja católica como um todo, mais do que em si mesmo ou no seu movimento. Catequista vai além do seu grupo e do seu movimento de Igreja. Não repercute apenas as idéias do seu grupo. Repercute as idéias da Igreja. Dele se espera mais cultura e mais abrangência.

De batizados vocês estão se tornando batizadores, de abençoados estão se tornando abençoadores e de evangelizados estão se tornando evangelizadores.
 
2. ALGUÉM REPERCUTIU PARA VOCÊS

Alguém repercutiu para vocês (catechein quer dizer mais ou menos isso: repercutir) e vocês agora querem repercutir para outros que Jesus esteve aqui, foi para o Pai, mas continua conosco, se quisermos. E, o que é importante: de perdoados estão se tornando perdoadores. Não há catequese sem penitência e sem perdão.
O que trouxe vocês aqui hoje foi o amor que acham que sentem por Deus, por seu Filho Jesus, o mais filho de todos os seus filhos, pela Igreja e pelo mundo, cada dia mais assustado e cada dia mais violento. Os bandidos estão tomando conta do planeta: bandidos de colarinho, sentados em mesas ricas e instalados em prédio luxuosos. Mas o objeto de muitos deles é o lucro, não importa se sujam o mar, o céu, ou se a qualidade de vida dos outros diminui. Não importa se estão roubando um país inteiro. Não trabalham por amor: trabalham pelo lucro.

E há os bandidos assumidos. Vendem droga e ai de quem quiser se opor a eles. Matam sem piedade. Movimentam bilhões de dólares por ano e não estão dispostos a perder ou diminuir os seus ganhos. Se for preciso matarão governadores, juízes e até presidentes. O povo não importa. Importa o lucro.
3. QUERO FAZER ALGUMA COISA PELO MUNDO

Alguém tem que fazer alguma coisa para que haja mais paz neste mundo!
Então vocês resolveram oferecer sua juventude a Deus e tornar-se catequistas: gente que aprende sobre a vida e sobre Deus, gente que ensina sobre a vida e sobre Deus. CATECHEIN.
Se João, filho de Zacarias, foi chamado o batista porque batizava; se João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago Maior foi chamado de João evangelista porque evangelizou, vocês querem ser chamados catequistas porque buscam mais catequese e querem catequizar.
Há exemplos maravilhosos. Estevão era jovem e diácono. Disse o que devia dizer. Morreu evangelizando e anunciando que Jesus ressuscitou.
Santo Efrém Sírio, um diácono ainda jovem, do século 3, catequizou cantando, fez mais de 3.000 canções catequéticas com as quais ensinava ao povo as verdades da fé. João, Pedro, Tiago e, sobretudo, Paulo escreviam cartas para as comunidades, tentando fixar alguns ensinamentos, já que muita gente que não lia nem estudava a catequese da Igreja se metia a ensinar e ensinava errado.
Naquele tempo, como hoje, havia catequistas superficiais que não liam nem queriam aprender nada além do que já sabiam. E ficavam magoados com quem exigia mais profundidade deles.
Paulo sofreu muito nas mãos dessa gente que estava lá mais pela fama, pelo poder sobre as pessoas e pelo dinheiro do que pela fé e pela doutrina. Leia os Atos dos Apóstolos e as cartas de Paulo bem como as de Pedro e Tiago, e verá do que estou falando. Um deles até ofereceu dinheiro para os apóstolos para poder ter aquele poder na sua catequese estapafúrdia. Vejam só que tipo de convertidos apareciam para a Igreja naqueles tempos. Diziam ter se convertido para Cristo, mas na verdade queriam que a Igreja se convertesse a eles. Não aceitavam aprender nem abandonar seus métodos errados. Brigavam para trazer o judaísmo ou o paganismo para dentro da Igreja. Ensinavam barbaridades como culto a duendes, espíritos do ar; qualquer dor eles atribuíam ao demônio, viam o diabo em tudo. Assustavam o povo simples como se assusta uma criança com o bicho papão. Os apóstolos tinham que esclarecer as coisas. O demônio existe, mas não do jeito que essa gente prega. O mundo vai acabar, mas não na data dessa gente. Só Deus sabe. Jesus é misericórdia, nada de medo ou negativismo! Cuidado com excesso e proibição, mas cuidado também com a permissividade. Em resumo, como tinham sido instruídos por Jesus pregavam uma fé corajosa, sem medo e com equilíbrio.

Brincava-se muito de anunciar Jesus naquele tempo. Todo mundo se achava tão preparado quanto os apóstolos. Mas na hora da verdade não tinham argumentos. Não conheciam Jesus de verdade. Simão o Mago, Alexandre, Himeneu (1 m 1,20) e vários outros que gostavam de fazer milagres, curas e até expulsar demônios começaram a ver anjos e demônios demais. Os apóstolos tiveram que reagir com severidade.

4. PROFETAS QUE DEUS NÃO ENVIOU
Jesus escolheu vocês, mas correrão enorme risco, se disserem que é apenas Ele que os envia. Se a Igreja não os enviar, acabarão fundando grupos dissidentes ou pregando contra a Igreja. Paulo precisou do envio da Igreja, embora Jesus o tivesse escolhido e enviado (leia Gálatas). No Atos há vários envios da Igreja: Paulo e Barnabé, Silas, o próprio Pedro quando foi a Jope. Ninguém se auto-enviava ou se auto-proclamava enviado.
Quem acha que não precisa do envio da Igreja corre o risco de se auto-enviar e dizer que foi Jesus que o mandou. Tem que haver humildade no catequista e no profeta, senão vai desprezar a opinião dos padres e dos bispos e vai valer só a dos que aplaudem. Alguns fundadores de igrejas não católicas no Brasil já forma catequistas que se auto-enviaram. Quando a Igreja questionou sua pregação, fundaram uma outra igreja.
Ninguém é profeta só porque quer ser profeta. Ninguém é catequista só porque quer ser. Tem que estar preparado. Não basta dar o nome, erguer a mãozinha e dizer:
-"Oba, Oba, Oba! Agora eu posso pregar o que quiser e aonde quiser porque aderi a Jesus".
-"Hei, gente, eu sou um catequista. Estou convertido. Me converti na semana passada! Ouçam meu testemunho. Eu agora sou de Jesus. Ninguém me mandou pregar, mas Jesus me disse para vir aqui na esquina e anunciá-lo.
Não é assim que funciona, mas há gente fazendo isso, como havia isso no passado. Já estavam vendendo os frutos de sua conversão sem sequer esperar que amadurecessem.
Naquele tempo os falsos evangelizadores, contra os quais Paulo alerta Timóteo em 2Tm 4;1-5, inventavam coisas e, como eram bons de marketing, achavam que o Espírito Santo os mandava dizer aquilo. Como eram bons de papo e conversa, mas ruins de estudo e profundidade, diziam um montão de frases que ouviam dos outros e nem sempre somavam coisa com coisa.
Acabavam dizendo que Jesus lhes havia aparecido e o Espírito Santo lhes havia soprado aquele pensamento. Os apóstolos, depois tinham que corrigir seus erros. Naquele tempo, a Igreja estava cheia de pregadores despreparados e de falsos profetas. Nem todo mundo era profeta sério como Ágabo, que profetizava e as coisas aconteciam. O resto, era gente que pretendia ser catequista, mas não tinha conteúdo suficiente para isso.

Isaías e Jeremias (cap 23) tiveram que enfrentar esses falsos profetas. A Igreja que nascia, também. Por isso, a catequese (didaxé) aconteceu aos poucos através dos papas e dos santos padres e mais tarde como exigência de sobrevivência da fé como disciplina indispensável para quem deseja ser profeta ou evangelizador. Não abra a boca se não estudou ou se um bispo ou sacerdote não lhe deu esta missão, depois de constatar que você sabe do que está falando. Ninguém fale se não foi autorizado oficialmente pela Igreja.
 
5. PROFETAS QUE NÃO ESTUDAM
SINTO MUITO TER QUE DIZER ISSO, MAS HÁ JOVENS E ADULTOS DANDO UMA DE CATEQUISTAS ATÉ NA TELEVISÃO COM EVIDENTES SINAIS DE QUE NÃO CONHECEM O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA.
QUANDO ALGUÉM VENDE PELO RÁDIO OU PELA TELEVISÃO UM KIT DE PROTEÇÃO COM TREZE MEDALHAS E O OFERECEM COM A GARANTIA DE QUE A PESSOA QUE O COMPRAR E USAR NÃO SOFRERÁ MALES E SE LIVRARÁ DE MUITOS PERIGOS ESTIMADOS DIANTE DE CATEQUISTAS FALSOS E SEM ESCRÚPULOS PORQUE A IGREJA NÃO ENSINA NEM ACEITA ISSO! MEDALHAS NÃO POSSUEM ESTE PODER!

Vocês vieram aqui, provavelmente, porque ouviram o grito do Papa João Paulo II: "AVANCEM PARA AS ÁGUAS MAIS PROFUNDAS". O Papa está pedindo mais profundidade na Igreja. Talvez porque esteja vendo que em toda a parte há pessoas brincando de ser catequistas, sem nunca ter lido os livros documentos da Igreja, como Catequese Tradendae, Sacrossantum Concilium, Catequese com adultos, e alguns até sem terem lido o Catecismo da Igreja Católica - e há catequistas que nem sequer leram a Bíblia!
Por isso não sabem:
1. o que a Igreja ensina através do magistério,
2. mostram fraca iniciação cristã;
3. demonstram pouca formação bíblica;
4. não conseguiram viver uma catequese de acordo com a sua idade;
5. não sabem enfrentar o pluralismo religioso em que vivem;
6. ficam sem respostas quando algum irmão de outra Igreja os desafia;
7. caem num fundamentalismo ingênuo que mostra que não estudaram a fé;
8. apegam-se demais a devoções e anúncios superficiais que o documento 84 dos estudos da CNBB chamam de penduricalhos da fé;
9. encontram dificuldade de viver a dimensão ecumênica da fé e fecham-se no seu movimento ou no seu grupo, como se seu catolicismo só funcionasse dentro daquele grupo;
10. acentuam demais terços, medalhas, novenas, visões, aparições, imagens, correntes de oração, práticas que beiram à superstição.
Falta a eles entender o que fazem. Muitos fazem porque todo mundo está fazendo.

O Papa quer jovens e gente mais culta e mais profunda para dar catequese. Especialmente os jovens que são tão curiosos e querem saber tanta coisa. Pois que saibam e conheçam melhor a sua Igreja. Catequista vive da boca que anuncia, mas antes precisa viver dos olhos que lêem e aprendem.

Estes jovens devem mostrar a verdadeira face da Igreja.
6. A IGREJA QUE VOCÊ ANUNCIA
A Igreja lhe pede para anunciar Jesus e a face dela. Para isso precisam mostrar:
1. a Igreja da santidade (a que aponta para a Trindade).
2. a Igreja de comunidades (a que se encontra ali).
3. a Igreja de missão (a que vai aos outros).
4. a Igreja de ministérios (todo mundo sabe o que fazer).
5. a Igreja de serviço.
6. a Igreja do diálogo.
7. a Igreja da acolhida.
8. a Igreja da alegria.
9. a Igreja da criatividade (sabe enfrentar os novos desafios).
10. a Igreja do Espírito Santo.
11. a Igreja da Profecia.
12. a Igreja do martírio (disposta a arcar com as conseqüências).
13. a Igreja da pobreza (despojada de bens supérfluos).

14. a Igreja de Maria (primeira cristã, fiel do berço até à cruz).
 
7. SOLIDÁRIOS COM OS POBRES
Como era o tempo em que os apóstolos, os primeiros catequistas, viviam?
Um detalhe: o empobrecimento era geral.
- 25% de toda a colheita e dos produtos dos artesãos não ficava para eles,
- 11% de anona ou corvéia para as tropas;
- 10% de alfândega (uma pequena parte ficava com o estado Judeu);
- 14% para o Templo (primícias, primogênitos, dízimo e didracma);

- O total chegava a 60% de toda a produção.

Detalhe: no Brasil de hoje, o total já chegou a 40%.

O povo ficava cada dia mais pobre porque chegava a pagar 60% de impostos. Jesus sabia disso.
Doenças, exclusão, abandono, levaram o povo simples a procurar Jesus. A Comunidade de Mateus expressa isso dizendo que as multidões estavam cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor.
No apocalipse (Ap 6,6) mostra como era dura a vida naquele tempo. Um dia de trabalho, com12 h, equivalia a 1 kg de trigo.
Jesus não foge da pregação social. Ele fala de política e propõe mudanças. Enfrenta os ricos e os poderosos, lhes diz o que precisam ouvir ("Ai de vós ricos", em Mt 19,24; Lc 153; Lc 6,24), mas não nega sua amizade aos ricos bons e sensíveis aos pobres. Tem até alguns deles como seu discípulo, a exemplo, José de Arimatéia (Mt 27,57).
Paulo chega a enfrentar um tumulto no sindicato dos ourives (At 19,32).
Jesus não foge deste assunto. Mergulha de cheio na dor do povo e diz o que tem que ser dito. Sua catequese entra nos problemas espirituais e sociais do seu tempo. Não foge de pronunciamentos políticos. Nem João Batista. Ele não se aliena falando só de salvação e céu, nem só de demônio, tentação da carne, de pecado e de libertação pessoal e espiritual. Quer partilha e justiça social. Exige que quem tem mais faça a sua parte. Um tem duas túnicas, dê uma a quem não tem nada.
Diz que:
Deus está do lado dos pobres e dos simples da terra (Mt 11,25-26).
Defende a mulher perseguida (Jô 8, 1-8).
Defende os pobres (Mt 9, 35-36).
Acolhe os leprosos (Lc 17,11-19).
Atende os enfermos e cegos (Mc 8, 22-26; 10, 46-52).
Antecipava-se à dor, curando e ressuscitando até quem não pediu ajuda:
A viúva de Naim (Lc 7,11-17).
O paralítico (Piscina de Bethesda).
A mulher encurvada (Lc 13, 10-17).
Insiste na partilha (Mc 6; m 30-44).
Exige justiça entre as pessoas para que a conversão seja verdadeira (Lc 19, 1-10).
O verdadeiro cumprimento da lei se estabelece na partilha dos bens (Mc 10, 17-27).
E no sermão do fim dos tempos (Mt 25) ...diz que só vai para o céu quem reparte, dá de vestir, dá de comer, visita os encarcerados e enfermos, dá de beber e cuida de quem precisa de ajuda.
 
8. PREGADORES DO AMOR E DA JUSTIÇA
Se ouvirem Jesus e a Igreja, vocês deverão ser gente que luta por justiça social e quer um país novo, democrático e sem ódio.
Deverão conhecer e anunciar a Igreja:
· Pobre
· Militante
· Peregrina
· Nunca pronta
· Sempre a caminho
· Sempre se renovando
· Aprendiz diante do mundo
· Ecumênica e valorizadora das realidades terrestres

· Com rosto humano

OLHEM PARA O MUNDO AO SEU REDOR E DIGAM A SI MESMOS:

QUE TIPO DE MUNDO HERDAMOS?
QUE MUNDO DEIXAREMOS PARA OS NOSSOS NETOS?
SERÁ MAIS VIOLENTO DO QUE ESTE OU MAIS PACÍFICO?
PODERÃO BRINCAR NAS RUAS?
TERÃO QUE BRIGAR POR SUA RELIGIÃO?
MUDARÃO DE IGREJA OU TERÃO ORGULHO DOS NOSSOS 2.000 ANOS E FICARÃO FIÉIS AO CATOLICISMO?
SERÃO ECUMÊNICOS E INQUIETOS PELA PAZ?
SABERÃO DIALOGAR COM OUTRAS CRENÇAS SEM PERDER O CONTEÚDO?
AINDA TEREMOS QUE TER GRADES NAS PORTAS E JANELAS?
AINDA VAI HAVER FOME E TANTOS POBRES COMO AGORA?
NOSSA GERAÇÃO VAI FAZER A DIFERENÇA, OU NOSSOS NETOS TERÃO QUE RECOMEÇAR DO ZERO?
Os muçulmanos preparam seus jovens desde cedo na escola da fé. Eles sabem o que Maomé ensina.
Jovens judeus aprendem desde cedo os princípios do judaísmo. Muitíssimos permanecem fieis às suas raízes.
Evangélicos em escolas dominicais ensinam seus jovens a ir lá fora e converter católicos.
Pentecostais preparam seus jovens para serem missionários.
Terroristas recrutam jovens para suas vinganças.
O tráfico se vale dos adolescentes e jovens, que morrem pelos traficantes.
Nossa Igreja está preparando bem seus catequistas?
Queremos saber o que nossa Igreja diz?
Sabemos transmitir aos outros jovens o que nossa Igreja ensina?
Conhecemos o projeto de nossa diocese para este ano?
Conhecemos o projeto de nossa paróquia?
Vale mais a palavra do dirigente do nosso movimento do que a do pároco e do nosso bispo?
Somos mais fiéis ao nosso movimento do que à nossa diocese?
Se tivermos que escolher entre uma reunião importante do movimento e outra reunião igualmente importante da diocese no mesmo dia e na mesma hora, vamos aonde?
Vocês escolheram as águas mais profundas. Sabem que vai ser difícil.

Podem ter certeza de que ninguém traça este caminho sem dor nem sofrimento. Exige sacrifícios. Perseverar na fé exige muitas renúncias e nós vivemos num mundo que ensina a relaxar, fazer o que se tem vontade e deixar o dever para depois do prazer.
9. NÃO DÊEM APENAS O CORAÇÃO
Damos as sobras para Deus.
Catequistas são, e, se não são deveriam ser, pessoas fundamentadas, gente que vai fundo. Gente que não fica no superficial, gente que quer saber o porquê. E que não fica quieta quando alguém ensina algo que não está na Bíblia ou no catecismo da Igreja.
# É gente de paz inquieta que sempre se pergunta: "Nossa Igreja ensina isso?".
# São porta-vozes da igreja do seu tempo junto aos de sua idade e ao seu povo.
# Eles sabem o que acontece pelo mundo e como a Igreja se pronuncia diante disso.
# Sabe o que o papa disse sobre os Estados Unidos e Inglaterra e sobre o Iraque na última guerra.
# Ele sabe o que o papa fez e o que mandou fazer durante esta guerra.
# Ele sabe a doutrina da Igreja sobre as guerras de ataque e as guerras de defesa.

# Lê jornais, ouve e vê os noticiários com um passo atrás sabendo que nem sempre os noticiários são imparciais.
10. ESTUDEM O CATOLICISMO
Catequista não vai buscar sua informação nem na revista Veja, nem em Isto É, nem em Época nem em Carta Capital e muito menos em Capricho, Ilusão, Sétimo Céu, Caras, Chiques e Famosos.
Também não se guia pelo que seu padre preferido cantou ou falou no último programa de televisão ou na última missa. Ele não é a voz da Igreja por mais querido e santo que seja. A Voz da Igreja está nos documentos oficiais e nas revistas que tratam de doutrina. Um movimento não é porta-voz autorizado de toda a Igreja. É só um setor. Nem uma congregação religiosa diz tudo o que uma pessoa precisa ouvir de sua Igreja.
Por isso livros, revistas especializadas em catequese, documentos oficiais, são fundamentais para quem quer ser evangelizador e exercer papel de educador comunicador e profeta da fé.
Alguns jovens estão fazendo exatamente isso. Aprofundando. Antes que o Papa pedisse isso, já tinham ido para as águas mais profundas. Há muitos jovens profundos na Igreja, assim como há adultos superficiais. Os que estudam, ouvem e querem aprender acabam se tornando pessoas que dizem coisa que faz pensar e ajudam a mudar o mundo.
Os que se negam a ouvir os outros, ficam presos só nos livros e canções do seu grupo fechado e não se abrem para outras experiências de igreja, acabam se tornando vazios, repetitivos e superficiais, porque depois de três anos estão repetindo as mesmas frases feitas. Trazem nos primeiros cinco minutos de conversa a sua falta de aprofundamento. Brincam de repetir a mesma coisa por anos a fio. Falta neles o desejo de querer saber mais sobre Jesus e sobre a Igreja. O que vem de outros grupos e igreja não tem importância para eles. Não é do seu movimento, não lêem.

Porque Jesus é mais, nossos pais são mais, a Igreja é mais, nós temos que saber mais sobre quem é mais do que nós.
11. LIVROS DE CABECEIRA
No tesouro imenso de conteúdo de nossa Igreja há uma Bíblia que todos precisamos ler e rabiscar de ponta a ponta para aprender direito, um catecismo que deve ser sempre relido e alguns livros de cabeceira que podem nos ajudar a entender o nosso tempo. Sem isso seremos catequistas pela metade.
Parece difícil, e é difícil, estudar. Ouvir os outros é difícil. É mais gosto pregar do que ouvir. Mas sem ouvir bem, ninguém prega bem. Sem pensar junto ninguém prega direito.
Vocês vieram como quem acha que tem o que aprender e acha que tem o que dizer. E é verdade.
Pobre de um povo que não ouve seus jovens, pobre de uma Igreja que não deixa seus jovens falarem. Mas pobres dos jovens que falam sem ouvir seu povo e sua Igreja.
Viemos aqui aprender a ser catequistas. O mero fato de terem vindo aprender já lhes dá o direito de ensinar alguma coisa. Mostraram humildade suficiente para querer saber mais. Então merecem ser ouvidos porque quiseram ouvir.
Benditos os pais que têm tais filhos. Bendito o país que tem jovens que ouvem e pensam e, quando abrem a boca, sabem do que estão falando.

Bendita a Igreja que forma tais jovens catequistas. Tem chance de sobreviver. Nunca será uma igreja superficial! Quando abrir a boca vai ser ouvida!

Palestra proferida a cerca de 20 mil catequistas, a maioria jovem,
em Recife, dia 27 de abril de 2003.



O que acharam desta palestra? Comentem!

Mensagem ao Coordenador de Catequese








Olá, caro coordenador de Catequese!
“O coordenador tem que ser convertido duas vezes...”

Nosso objetivo é a formação do cristão, conhecedor da palavra e comprometido com o evangelho de Cristo. Entendemos que esta formação se dá por meio de um processo que não se conclui em um ano, dois, três...ou com a entrega de um comprovante, e que ela deve estar voltada para a construção de saberes que possibilitem a participação dos catequistas / catequizandos nas mais variadas esferas de atuação da comunidade. Nesse sentido, houve cuidado para apresentar um trabalho com grande variedade de textos, dinâmicas, desenhos, roteiros para celebração, etc , articulados ao estudo da Palavra, dos milagres e a mensagens do Cristo. E a partir disto o catequista e catequisando possa ter ampla experiência de aprendizagem, organizada pela diversidade e pela progressão do conhecimento catequético e pelos conteúdos abordados.
São vários os caminhos que podemos seguir em relação a metodologia mais eficiente para alcançarmos os objetivos que nós, educadores da fé e comunidades, perseguimos: o crescimento e o desenvolvimento dos catequistas e catequizandos. Mas gostaríamos de assinalar que o diferencial está na postura da coordenação da catequese e, quanto a isso, acreditamos que o caminho está na reflexão, em uma reflexão que se dá de três formas:
- na prática dos encontros de catequese;
- sobre essa prática;
- e sobre a própria reflexão ( schon, 1990)
Refletir na prática dos encontros significa, entre muitas coisas, ouvir os catequistas e catequizandos e levá-los a construir (novas) hipóteses sobre o conhecimento catequético, valoriza-las e questioná-las; compreender a lógica de seus erros e pesquisar os caminhos percorridos na formação de conceitos. Refletir sobre a prática dos encontros de catequese significa pensar sobre o que nela ocorre dia - a- dia, sobre sua atuação como catequista educadores da fé, sobre a relação entre o que se planeja e o que realmente acontece, enfim, sobre as razões pelas quais o planejamento deve ser refeito constantemente. Por fim, refletir sobre a própria reflexão implica a troca de experiências com outros catequistas, permitindo outras leituras de sua atuação nos encontros de catequese; o repensar a própria leitura e a busca de respostas para os questionamentos sobre o como se adequar á realidade tão particular dos encontros de catequese.

Assim, mas que a opção por um método, por uma teoria ou um livro para catequese, o sucesso da catequese dependem de uma pedagogia baseada na pedagogia de Deus, em que se busque compreender seu processo de aprendizagem, em que se ajuste a ajuda necessária constantemente, em que se acredite que a aprendizagem é mais bem-sucedida em circunstancia nas quais preponderam à confiança, o respeito, a responsabilidade e a expectativa positiva.

Gostaríamos ainda de deixar claro que as atividades aqui propostas são apenas o ponte de partida para um trabalho que se deve ser filtrado e enriquecido pelos seus saberes como coordenador de catequese, pela sua experiência e pelo conhecimento que tem de seus catequistas e catequizandos. Temos certeza de que, juntos, cruzando os fios de nossas expectativas e de nossos sonhos, conseguiremos levar os catequistas e catequizandos a vislumbrar as boas novas, a conhecer e ter a experiência do próprio Cristo.
A comissão de catequese sabe que ainda estamos nos conhecendo, estamos ainda no período de conquistar a confiança de vocês com este novo trabalho. Nossa preocupação é saber quem são os coordenadores de nossa Forania, o que estão fazendo e pensando. Não temos um trabalho unificado, algo que seja geral para todos, nossa única referencia é são documentos sobre a catequese. Mais, uma coisa temos certeza, ser coordenador de catequese é algo único e não se encontra em nenhum manual ou livro. O coordenador tem que ser convertido duas vezes, tem que fazer a diferença para sua equipe de catequistas, para comunidade, para os pais e para os catequizandos. Você acha impossível? Mas não é, porque existe você. Deus te capacitou com o dom do impossível, portanto não duvide, cada pensamento seu, cada atitude é transformadora. Como comissão gostaríamos muito de participar deste momento seu, deste momento em que seu dom esta fazendo a diferença. Partilhe conosco, se necessário nos chame, vamos até ai!! O importante é ser um coordenador consciente de sua força e de seu papel. Paz e bem.


Comissão de catequese da Forania Santos Apóstolos - Arq. de Campinas - sp

Mensagem ao catequista - segunda parte

O nosso maior exemplo!
 

 
Caros amigos catequistas, Paz e Bem!

Queremos chamar a sua atenção para os projetos que estão em andamento e vão exigir uma atenção especial das coordenações de catequese para 2013, portanto nas próximas formações das paróquias já teremos algo para vocês.

Então, no âmbito geral o que a igreja esta fazendo?

Primeiro, em setembro foi lançado à campanha sobre os estudos bíblicos...



A Bíblia, desde sempre, faz parte da caminhada do povo de Deus. “É nela que penduramos todo o nosso trabalho”, conforme nos ensina frei Carlos Mesters. A partir do Concílio Vaticano II, marco fundamental para o florescimento de uma Pastoral Bíblica da Igreja no Brasil, a Bíblia foi conquistando espaço e recuperando sua condição de valor fundamental na vida e na missão da Igreja.

No Brasil, o desejo de conhecimento e de vivência da Palavra fez surgir, com muito sucesso, a prática da leitura e reflexão da Bíblia nas famílias, nos quarteirões, nos círculos bíblicos, em grupos de reflexão, grupos de rua.

O Mês da Bíblia, criado em 1971 com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus e a difusão da Bíblia, também foi fundamental para aproximar a Bíblia do povo de Deus. Propondo um livro – ou parte dele – para ser estudado e refletido a cada ano, o Mês da Bíblia tem contribuído eficazmente para o crescimento da animação bíblica de toda pastoral.

Em continuidade a esta história, a Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-catequética da CNBB definiu que, no Mês da Bíblia dos próximos quatro anos (2012-2015), serão estudados os evangelhos de Marcos (2012), Lucas (2013) e Mateus (2014), conforme a sequência do Ano Litúrgico, completando com o estudo de João em 2015.

Esta sequência repete a experiência feita entre 1997-2000, por ocasião da celebração do Jubileu 2000. O enfoque, agora, é outro. Visa reforçar a formação e a espiritualidade dos agentes e dos féis através do seguimento de Jesus, proposto nos quatro evangelhos. Está tanto na perspectiva de discípulos missionários e da Missão Continental, conforme nos pede a Conferência de Aparecida, quanto no esforço da Nova Evangelização proposta pelo papa Bento XVI.

Cada evangelho será relido na perspectiva da formação e do seguimento, destacando o que é específico de cada evangelista, bem como da comunidade que está por trás de cada evangelho.

No Mês da Bíblia deste ano de 2012, será estudado o evangelho de Marcos a partir do tema “Discípulos Missionários a partir do evangelho de Marcos” e do Lema “Coragem! Levanta-te, ele te chama!” (Mc 10,49).

O material – livro para aprofundamento e círculos bíblicos- já está pronto e poderá ser adquirido nas Edições CNBB: vendas@edicoes.cnbb.com.br .

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

                                                   A Pastoral da catequese tem uma participação muito especial neste processo, para nós catequistas, a Bíblia é nosso maior manual, é toda referencia que queremos e buscamos. Vamos ficar atualizados em todas as programações sobre este evento. E também neste ano foi lançado o Ano da Fé, que teve inicio no dia 11 de outubro de 2012, que este declarado nesta carta do nosso Papa, onde podemos ler neste link: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=283930
 
E tem algumas atividades relacionadas ao ano da fé como o:
“Congresso teológico: mais uma iniciativa pelo Ano da fé.”

                                      Dioceses e paróquias de todo o país estão organizando diversas iniciativas para preparar os fiéis católicos para o Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI para o período de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. Como parte dessas iniciativas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove daqui a exatamente um mês o Congresso Teológico.

O evento será realizado na PUC-PR, em Curitiba (PR), de 7 a 9 de setembro de 2012. As inscrições começaram em 25 de Junho e terminam no próximo dia 19. O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, padre Antônio Luiz Catelan Ferreira, informou que os objetivos principais do evento estão ligados entre si: a comemoração dos 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e uma preparação para o Ano da Fé.

Sobre o Catecismo, o padre lembrou que este passou sim por algumas modificações ao longo do tempo, mas nada que alterasse sua mensagem principal. “A edição de 1992, que completa 20 anos, foi feita originalmente em francês. Alguns anos depois, foi feita a edição típica em latim com algumas pequenas alterações para deixar mais precisas algumas afirmações, alguns contextos, mas não houve mudança de conteúdo de modo algum”, disse o padre.

Catecismo: como utilizá-lo?

Sendo um livro importante por conter a doutrina da Igreja Católica, o Catecismo deve ser difundido e estudado pelos cristãos, o que nem sempre aconteceu. “No Brasil, devido ao contexto em que a gente vivia 20 anos atrás, parece que o catecismo, embora editado no país por diversas editoras, não teve grande repercussão ou no mínimo a repercussão merecida pelo Catecismo no âmbito teológico, na formação dos catequistas e assim por diante”.

E tendo em vista a necessidade dos católicos conhecerem o Catecismo, o sacerdote elencou duas medidas a serem adotadas. A primeira delas é pensar sobre a atitude com relação ao Magistério da Igreja que, segundo o padre, expressa a fé cristã.

“O Catecismo é uma publicação do Magistério da Igreja, é a expressão magisterial do conjunto da fé cristã. A gente precisa ter essa atitude adequada e correta em relação o magistério, compreender que seu papel é a exposição, a proposição da fé, e assim podermos recebê-lo com respeito”.

O outro ponto é estudar o Catecismo e utilizá-lo para conhecer com exatidão a fé da Igreja. Padre Antônio acredita que o livro deve sempre estar presente, por exemplo, na formação dos catequistas. “O Catecismo deveria ser também um livro que o católico tenha consigo em casa e que o consulte, depois de ter feito esse estudo e tê-lo conhecido inteiro, toda vez que tiver dúvida sobre algum ponto”.

Programação e Ano da Fé

A estrutura do Congresso está preparada para receber 300 pessoas. De acordo com padre Antônio, um dos palestrantes mais esperados é o arcebispo e secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Luis F. Ladaria, que foi professor de Teologia por muitos anos.

A programação também inclui conferências sobre o catecismo, o Ano da Fé, perspectivas que o Congresso vai abrir e dimensão pessoal e eclesial da fé cristã. Além disso, o evento organiza quatro grupos temáticos: fontes do catecismo, temas teológicos transversais, temas referentes à catequese e tema da fé, de modo amplo.

E não basta falar sobre o Ano da Fé, mas, a pedido do Papa, os fiéis precisam viver intensamente esse tempo para redescobrirem o valor da fé cristã. Para que isso aconteça, padre Antônio deu duas orientações.

“Primeiramente, penso que devem (os fiéis) estar atentos às iniciativas que vão ser realizadas pelas paróquias e dioceses às quais pertencem. Há todo um incentivo por parte do Papa, e também da CNBB, para que as dioceses insiram realmente no planejamento, e as paróquias também, atividades relativas ao Ano da Fé, que possam participar e aproveitar. Os fiéis também devem estar atentos aos meios de comunicação, porque às vezes a paróquia não consegue oferecer tudo aquilo o que uma rede de comunicação católica consegue”, finalizou.

Fonte:Canção Nova

É muito importante em nossas formações focarmos as diferenças estre o catecismo e a catequese.

Mas o que é o Ano da Fé afinal??

Estamos iniciando o Ano da Fé, mas muitas pessoas se perguntam: O que é isso?

O Ano da Fé é uma proposta do Papa Bento XVI para toda a Igreja, com o objetivo de incentivar os cristãos a conhecerem melhor as razões da sua própria fé.

O Ano da Fé não é para os outros, isto é, para aqueles que não fazem parte da nossa Igreja, ele é para todos nós que fazemos parte dela, pois muitos de nós não temos consciência de que pusemos Deus de lado, valorizando mais as coisas do mundo e perdendo a nossa identidade cristã.

Muitos participam da comunidade da Igreja apenas para obter os sacramentos como meio de manter uma tradição, mas sem levar em conta o compromisso que os sacramentos carregam consigo.

O Ano da Fé é para todas as pessoas, sobretudo os jovens, os adultos, os pais, os avós, homens e mulheres que aos poucos foram esquecendo que Deus nos ama muito e que está conosco cada dia, ansiando para que vivamos felizes, dando testemunho do seu amor no dia a dia da nossa vida. O Ano da Fé é uma oportunidade para redescobrir a alegria de crer em Deus e de encontrar a melhor forma de viver no seu Amor.

As Dioceses e Paróquias estão programando vários momentos de oração, de estudo e de reflexão para que todos possam conhecer melhor Jesus Cristo e o seu Evangelho. São propostas de formação e de celebração para atingirem grande número de pessoas. Propostas de participação para todas as idades: momentos de estudo e de reflexão, celebrações e tempos de oração na comunidade e na família.

Será um ano especial para professar a nossa fé e poder proclamar com toda a convicção o nosso “CREDO” isto é: “EU CREIO”.


Tudo a ver com a gente, é um momento especial para a Pastoral da catequese, fazer a diferença e mostrar suas qualidade e habilidades para o bem comum da evangelização.

Abraços, Boa formação!

Mensagem ao Catequista - Primeira Parte

O nosso maior exemplo!
 
 




Caros amigos catequistas!!
Para quem esta acompanhando os jornais e a mídia em geral recebeu a seguinte noticia:
                                     "O Brasil de acordo com o ultimo senso esta deixando de ser um País de maioria católica e tem apenas 60% da população que se diz católica praticante."
                                       A pergunta á a seguinte você como catequista como recebe esta noticia? Mas tem outra coisa que se esqueceram de dizer ou talvez não tiveram coragem...ai vai...
                                     “O Brasil não é mais um País de maioria católica e na América latina é a segunda vez que isto acontece. Um País de religião milenar deixando esta mesma religião por outra.” Será que como catequistas estamos deixando a desejar? Deixando de fazer o nosso trabalho como carismas e educadores da fé da igreja de Cristo? Como comissão de catequese da Forania Santos Apóstolos, preferimos pensar de outra forma. Em vez da duvidas colocamos nossa esperança em vocês, que foram convocados, que são os operários escolhidos, que se formam com todo o coração e entusiasmo, para preparar nossa igreja para o futuro.
Quem diria? – Um País que respira a tradição católica nos nomes de cidades, ruas, gramatica, educação, saúde, politica, gírias, etc. Toda nossa historia como sociedade moderna ( rg, certidão de nascimento, nomes de famílias, universidade, sistema de saúde, etc) esta alicerçado na tradição de nossa igreja, a Sagrada Tradição. Simplesmente o País esta deixando a tradição para traz como se o passado não pudesse trazer sabedoria, como se o nosso passado como Igreja não fosse inspirado por Deus. Nosso objetivo não é ater-se a dados e estatísticas, mas levar vocês a refletir sobre a seguinte situação : O povo não esta deixando simplesmente de ser católico, este não é o problema principal, o problema é que o povo esta deixando de ser Cristão, de ser "religioso", no termo de querer se "re-ligar" Deus. Para se render as organizações com interesses pessoais e que se dizem cristãs. E deixando de serem cristãs as pessoas se tornam presas fáceis de pessoas que se aproveitam de Cristo para fins próprios, da indiferença, da violência e deixam a solidariedade de lado.
Eu li um poema que talvez retrate uma sociedade indiferente e sem Cristo:
“Vi ontem um bicho. Na imundice do pátio. Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa, não examinava, nem cheirava! Engolia com veracidade.
O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato.
“O bicho, meu Deus, era um homem.” (Manoel Bandeira)
 Este fato histórico que estamos presenciando, o Brasil deixar de ser de maioria católica, mostra que as pessoas querem crescer, buscar novos horizontes. Como catequistas devemos ter uma postura ecumênica e não ter a pretensão de que nossa religião é a mais perfeita ou a única. Devemos ter uma postura de cristão consciente, pois Cristo é o centro da nossa vida, então não importa a religião. O foco da Pastoral da catequese é valorizar a vocação do catequista, o construtor do edificio da fé, o educador da fé. O carisma perfeito da igreja de Cristo, Igreja que não esta morrendo ou definhando como dizem, mas que esta se transformando. Deixando velhos hábitos e velhas culpas para florescer em uma verdadeira comunidade de amor, como pregou Jesus Cristo.
Nós precisamos nos organizar e estudar. Amar cada vez mais os nossos irmãos, nossos catequizandos, só com o verdadeiro amor podemos apresentar aos seus corações o Cristo verdadeiro. Este texto é apenas um conversa, uma provocação. O objetivo do blog é trazer temas e assuntos que levam a reflexão... O Brasil não é mais um país de maioria católico, portanto, será cada vez mais exigida uma formação voltada para vivencia comunitária e ao diálogo catequético.
A Igreja de Deus convoca você!!! Sinta a força de sua vocação e transforme as nossas comunidades.
Na segunda parte desta seção vamos ler um pouco sobre os projetos da igreja para os próximos meses.
Nos acompanhe!

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